domingo, 2 de setembro de 2012

O que a Petrobrás tem a ver com a produção de carros no Brasil?

A atual política de combustíveis do Governo Federal parece estranha, a olhos nus,pois o Ministério das Minas e Energia mantém o preço da gasolina congelado, mesmo que isso represente um prejuízo enorme à estatal petrolífera. Na mesma linha de ação, os incentivos à produção de Etanol diminuíram, o que faz com que o Brasil cometa o absurdo de importar álcool de milhos dos EUA. O que estaria por trás dessa política suicida? Várias razões poderiam explicar tal conduta governamental. Mas é preciso ir-se por partes. Primeiramente, é preciso lembrar-se daquela famosa e antiga frase: "Se aumenta a gasolina, aumenta tudo". Nada seria mais verdadeiro, visto que a maior parte do transporte de produtos industrializados, matérias-primas e alimentos é feita por veículos movidos a gasolina, certo? errado! Esse transportes, assim como o transporte de passageiros nos ônibus e barcas é feito por veículos movidos a diesel, um derivado do petróleo. Esse combustível, estranhamente não tem o seu preço controlado e isso explica o aumento da inflação. Por outro lado, há um interesse oculto: o de apoiar a indústria automobilística. A lógica é fácil de ser compreendida: para que a venda de carros seja aumentada, é necessário que a gasolina não suba de preço, pois quem compraria carro se não pudesse pôr gasolina nele? E para complementar, o governo ainda prorrogou a isenção de IPI sobre a produção de veículos, o que torna o preço destes ainda mais atraente. E assim, tome-lhe carros nas ruas esburacadas, tome-lhe monóxido de carbono nas narinas brasileiras, e tome-lhe prejuízo, Petrobrás... Com todos esses visíveis problemas, é preciso urgentemente que se faça uma revisão de tais políticas, pois isso poderá causar a falência da empresa, ou no mínimo, um desemprego muito grande, além de obviamente, estar-se indo na contramão do desenvolvimento sustentável, no qual o biodiesel e Etanol são atores indispensáveis.

sábado, 1 de setembro de 2012

SUSTENTABILIDADE EM CASA, PEQUENOS GESTOS, GRANDES RESULTADOS!

É certo que todos querem um planeta mais sustentável.É claro que todos desejam que a natureza seja preservada e que o mundo possa respirar ar puro, sem deixar de se desenvolver e expandir-se economicamente. Também é indiscutível que os governos e as grandes empresas têm uma responsabilidade enorme sobre isso. Mas será que o cidadão comum pode fazer algo para ajudar? A verdade é que , cada um, pode sim contribuir. Mas como isso seria feito? Responder a essa pergunta é muito fácil, já que os gestos que podem obter grandes resultados estão no dia a dia da população. Diariamente, cada indivíduo depara-se com uma situação com a qual ele pode agir em prol ou contra dessa sustentabilidade. Por exemplo, ao separar o lixo orgânico, do lixo plástico ou de metal, ele evita que todos esses dejetos acabem em algum aterro sanitário e polua ainda mais o ambiente, exalando gases tóxicos. Porém, se esse mesmo indivíduo demorar horas no banho, estará prejudicando não só a si mesmo, mas a diversas pessoas. Agora, imagine-se esse cidadão multiplicado por milhões: o resultado pode ser maravilhoso ou catastrófico, baseado nos exemplos acima. O governo tem feito campanhas incentivando mudança simples de hábitos que , com certeza, farão a diferença a médio prazo.Por outro lado, parece que a conscientização por parte das pessoas está maior e a palavra sustentabilidade já se incorporou ao vocabulário popular. É preciso também que tipo de planeta se deixará para filhos e netos. Dessa forma, ninguém está isento da responsabilidade de buscar o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação da natureza. Todos precisam de novas tecnologias, precisam usar transportes e consumir produtos, mas também todos precisam de água pura, ar respirável e belas árvores que deem boas sombras e bons frutos. Como conseguir isso? com pequenos gestos, no cotidiano de cada um. Portanto, se as pessoas economizarem água, não comprarem sem necessidade e separarem ,no lixo, os plásticos, metais e papel, o futuro do planeta será melhor. São pequenos atos, que se tornarão grandiosos se todos fizerem igual.

sábado, 4 de agosto de 2012

A POLÊMICA DAS SACOLAS PLÁSTICAS

Elas estão em toda a parte. Nos mercados, mercearias, lojas de conveniência e até mesmo em bancas de jornais. Poucas coisas se compram hoje em dia sem serem embaladas por uma sacolinha plástica. Aparentemente inofensivas quando surgiram, hoje elas estão no centro de uma polêmica que envolve as lojas, os fabricantes, o consumidor e, principalmente, o meio ambiente. Os supermercados distribuem as sacolas livremente e, a princípio, parecem estar à parte dessa polêmica, ou seja, como se não tivessem responsabilidade sobre a questão. Um sinal disso é que as tais sacolas ecológicas, feitas para se abolirem as plásticas, custam caro, em média quinze reais. Se as bolsas retornáveis fossem mais baratas, o consumidor comprá-las -ia e assim, as lojas não precisariam gastar recursos com sacolinhas. Por outro lado, os fabricantes dessas sacolas de plástico afirmam que elas não são as grandes vilãs da poluição. Dizem eles que as tais sacolinhas são usadas nas lixeiras domésticas e que, caso não forem usadas, o cidadão irá usar as de cor preta, específicas para o lixo. Dessa forma, afirmam os fabricantes, a poluição será a mesma, ou até pior, visto que as sacolas de plástico preto são mias espessas e por isso, mais difíceis de se degradarem na natureza. É impossível não citar o cidadão no meio de toda essa polêmica. Ele não tem como deixar de consumir e acredita-se que muitos já atentaram para o mal que as sacolas fazem à natureza.Alguns, inclusive, já utilizam as tais sacolas ecológicas, porém o consumidor de baixa renda, além de ter menor consciência sobre o problema, também não tem condições de comprar uma bolsa retornável que custa caro. Mas há alternativas que estão nas mãos do público, como por exemplo, deixar de utilizar as sacolas plásticas nas lixeiras do banheiro e da pia, já que estes recipientes já são de plástico, bastando lavá-las com água ao final. Dessa forma, usar-se-ia apenas uma sacola única para lixo em toda casa. Para os que afirmassem que essa alternativa geraria um gasto extra de água, informar-se-ia que a fabricação de sacolas plásticas gasta muito mais água e ainda por cima polui, despejando gás carbônico no ar atmosférico. Portanto, vê-se que cada um tem a sua gama de responsabilidade sobre esse sério problema. Consumidores, fabricantes de sacolas e lojas devem buscar soluções práticas que ajudem uns aos outros, não se esquecendo daquele que será o maior impactado : o meio ambiente.É de senso comum que as sacolinhas entopem bueiros, engasgam animais marinhos e lotam os aterros sanitários levando , em média, duzentos anos para serem decompostas. Vale à pena, desse modo, pensar em alternativas de embalar produtos de uma forma mais sustentável.

domingo, 15 de julho de 2012

O SUCESSO DAS UPPs NO COMPLEXO DO ALEMÃO

As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram inauguradas no Complexo do Alemão em 2010, logo após a tomada das comunidades , realizada pelas forças de segurança compostas por Forças Armadas e Polícia Militar.Mas o sucesso dessa inciativa contou também com a participação do governo do Estado através de ações sociais e da iniciativa privada ao ajudar na educação das crianças e na construção das sedes administrativas. Simplesmente invadir o morro, papel aliás muito bem cumprido pelo Bope e pela Marinha, não bastaria para implementar a paz no Complexo. Os bandidos fugiram sem oferecer resistência, mas havia a necessidade de uma ocupação permanente que restabelecesse a ordem no local. Essa função ficou destinada ao Exército, que exemplarmente, permaneceu nas comunidades durante um ano e meio apreendendo grande quantidade de drogas e de armamentos. A invasão social do Estado também aconteceu nesse período em projetos socioeducativos, fruto de parcerias com a iniciativa privada e Organizações não-governamentais (ONGS) do mundo inteiro. Entre as grandes realizações dessas parcerias, estão a construção do teleférico , que facilitou extremamente o acesso às comunidades, e do cinema, além de Unidades de pronto-atendimento(UPA). Por outro lado, empresários como Eike Batista ajudaram na construção de belas sedes administrativas que, de certa forma, deram dignidade também aos profissionais que atuam naquelas áreas. Portanto, não há como negar o sucesso de todas essas parcerias que formam as UPPs. Os índices de criminalidade, cada vez menores, demonstram que a união da segurança, educação, cultura e saúde forma o pilar que garante a paz e a dignidade que os moradores do Complexo do Alemão tanto precisam.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O SALDO DA RIO+20

Muitos analistas afirmam que,efetivamente, a Rio +20 foi um fracasso, já que as nações mais ricas não participaram e o documento final pouco trouxe em novidades. Realmente não houve nenhum avanço em relação à ECO92. Porém deve-se observar o lado bom da realização da conferência.Dessa vez, a sociedade está mais consciente dos problemas relacionados à sustentabilidade e se o encontro de técnicos, diplomatas e autoridades nada resolveu, esse é o sinal para que a sociedade civil saiba que a sua mobilização é a chave para uma mudança efetiva. Antes e durante a sua realização, a Rio+20 já despertava a desconfiança de que seria pouco produtiva. O não-comparecimento de autoridades como Barack Obama e Ângela Merkel denunciava uma falta de compromisso dos países mais ricos com a sustentabilidade. Assim, as 190 nações participantes representaram menos de um terço do PIB mundial e , politicamente, tiveram pouco peso para elaborar um documento com ações contundentes. Sabendo que a exemplo da ECO-92 e, agora, da Rio+20, tais conferências pouco trazem de efetivo para o meio-ambiente, está na hora de a sociedade se mobilizar e começar por si mesmo as ações que ajudem a minimizar os efeitos da poluição e do desperdício.Isso pode ser feito em campanhas educativas sobre coleta seletiva, reciclagem, plantio de árvores, economia de luz e água e uso de produtos sustentáveis.Essas ações dependem, é claro, da ajuda dos governos, porém é o que se pode fazer e quiçá seja uma forma de pressionar líderes e autoridades governamentais a agirem, em vez de gastarem tempo e energia em conferências inertes e, ironicamente, não-sustentáveis.

domingo, 10 de junho de 2012

O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE NA RELAÇÃO ENTRE BRASIL E ESPANHA

Recentemente,turistas brasileiros vêm sendo deportados da Espanha. Alguns mal conseguem sair dos aeroportos, ficando retidos em salas exíguas, sem alimentação e água, em tratamento digno de prisioneiro de guerra. As autoridades espanholas afirmam que muitos desses brasileiros não apresentaram a documentação exigida pra adentrar ao país : cartão de crédito com a última fatura , reserva de hotel e passagem de volta com data marcada, além da carta-convite.Porém, nada justifica o tratamento desumano feito até mesmo contra idosos e crianças brasileiras. Mas o que o Itamaraty fez em relação a isso? Usou o princípio da reciprocidade,ou seja, passou a dar tratamento igual ao espanhóis que desembarcam em solo brasileiro. Segundo Roberto Maltchick do jornal O Globo,a partir do início de abril, o Brasil se tornou mais rigoroso em relação à entrada de visitantes espanhóis. Entre as exigências no controle imigratório estão a de bilhete aéreo de volta , com data de retorno marcada, comprovação de meios econômicos para permanência no Brasil, no caso, a quantia mínima de R$ 170 para ingressar em território brasileiro. Mesmo assim, não conseguiu equiparar as dificuldades criadas para o ingresso de brasileiros no país europeu. Alguns obstáculos previstos na legislação espanhola não existem por aqui, como, por exemplo, o pagamento de quase cem euros por uma carta-convite, que só pode ser obtida pelo anfitrião na Comisaría de Polícia. E mais: o tratamento dado aos brasileiros não é isonômico em relação a outras nações latino-americanas, como alega o governo espanhol:há notícias de que para chilenos e mexicanos nada é cobrado nos aeroportos. A atitude espanhola é estranha num momento em que o fluxo de brasileiros que procuram o país ibérico para morar é muito pequeno, já que de conhecimento mundial que a Espanha passa por uma crise econômica sem precedentes, o que faz com o fluxo inverso, este sim, cresça a passos largos.Por outro lado, é preciso continuar dando tratamento igual ao espanhóis que aqui desembarcam, porém é preciso, antes de mais nada, cobrar das autoridades espanholas o porquê desse tratamento desigual dado aos brasileiros.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O BRASIL NÃO PRECISA SE PREOCUPAR COM A CRISE EUROPEIA

Apesar das péssimas notícias econômicas vindas da Europa,o Brasil não tem motivos para se desesperar. Isso porque o país tem um bom momento em sua economia interna, será anfitrião dos dois maiores eventos esportivos do mundo, há um pré-sal inteiro ainda para ser explorado e, ao contrário dos países europeus, as reservas de energia são diversificadas. Funcionando como um termômetro desses bons indicadores, o momento econômico favorável vivido no Brasil pode ser demonstrado pelo grande números de investimentos estrangeiros, principalmente vindos da China, que pretende instalar novas montadoras de veículo no país. Outro exemplo é a situação dos bancos espanhóis,em especial o Santander, cujas filiais brasileiras estão "sustentando" as matrizes europeias. Além disso, há a diminuição do desemprego em todo o país. Assim, a crise econômica não chegou ao gigante da América do Sul. Há também a aproximação de dois eventos esportivos de grande porte:a Copa do mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. De uma maneira ou de outra, esses eventos trazem muitos recursos através de investimentos empresariais, o que movimenta muito a economia gerando, inclusive, mais empregos, e do turismo. Essa é outra grande fonte de emprego e de entrada de dólares na economia. Por outro lado, além de ter como maior fonte de energia, as hidrelétricas, que são abundantes em seu território, o Brasil também está investindo em energia eólica, principalmente nos estados do Maranhão e Rio grande do Norte.Some-se a isso o enorme potencial energético que o pré-sal demonstra, servindo como uma reserva de energia gigantesca, o que garantirá a autossuficiência em petróleo por muitos e muitos anos. Vale lembrar que, na Europa e na China, as maiores fontes de energia são as termoelétricas, que queimam carvão, gastam muito dinheiro e poluem o meio ambiente. Portanto, não há motivos para desespero nesse momento de crise econômica europeia, pois o Brasil tem motivos suficientes para manter a tranquilidade e até começar a ditar as regras do novo jogo econômico mundial, assumindo assim, uma nova condição de potência de primeiro mundo.Para isso, basta que governantes e empresários entendam que a economia brasileira nunca esteve tão bem.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Como ficou o Novo Código Florestal Brasileiro

O Código Florestal Brasileiro foi criado pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Íntegra do Código Florestal Brasileiro de 16 setembro de 1965). O Código estabelece limites de uso da propriedade, que deve respeitar a vegetação existente na terra, considerada bem de interesse comum a todos os habitantes do Brasil. Desde que foi criado, esse código passou a ser o assunto principal no debate entre ambientalistas e ruralistas (empresários do ramos agropecuário). Traduzindo todos esses desentendimentos, a questão é a seguinte: os ambientalistas, representados por ONGs e partidos "verdes", defendem a manutenção das APPs (áreas de proteção ambiental); já os empresários ruralistas, querem mais terra para plantar e criar gado sem restrições ambientais. Essa terras tão desejadas, estão justamente na área das APPs. Desde meados da década de 1990,portanto, têm sido feitas várias tentativas de modificar o Código Florestal Brasileiro. Em 2008, foi criado um grupo de trabalho para discutir o Código, com representantes de três ministérios: da Agricultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário. Por falta de consenso entre os membros, o então ministro da Agricultura Reinhold Stephanes dissolveu o grupo em janeiro de 2009. Em abril de 2010, ficou pronto o relatório para reformulação do Código Florestal, elaborado por uma comissão da Câmara dos Deputados, presidida pelo líder ruralista Moacir Micheletto, proponente da redução da reserva legal na Amazônia de 80 para 25% da propriedade. Para relator, fora designado o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP, partido da base aliada ao governo), que é contra a existência de terras indígenas. Após um longo e tenso debate social, a Presidenta Dilma Roussef vetou vários artigos do Novo Código Florestal, mantendo as APPs e obrigando todos os produtores a recompor as áreas de vegetação em margens de rios, mas proporcional ao tamanho das propriedades. Também mudam as exigências sobre multas e crimes, já que todos passam a ter que recuperar as APPs para ter as suas penalidades canceladas. Dilma também vetou a anistia para quem já desmatou em APPs. Dessa forma, apesar de ainda haver reclamações de ambos os lados, a sensação que fica é a de que a sociedade saiu vencedora , já que o Novo Código protege as áreas de preservação e não impede o progresso na produção de alimentos. Um belo exemplo de sustentabilidade

O depoimento do senador Demóstenes Torres na Comissão de ética do Senado Federal

No dia 29/05 de 2012, assistimos a um espetáculo digno das maiores companhias circenses do mundo.Tal evento ocorreu na Comissão de ética do Senado Federal, durante o depoimento do senador Demóstenes Torres sobre seu possível envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e com Fernando Cavendish, dono da Construtora Delta. Embora, todas as gravações apresentadas pelo Ministério público mostrassem claramente a intimidade e negócios ilegais com o contraventor, Demóstenes negou tudo, como esperado. Em certas partes do depoimento, ele se contradisse e em vez de apresentar defesas contra as acusações, preferiu enumerar seus feitos no senado, como um suposto apoio ao ensino integral nas escolas ou sua luta pela ética na política. Ficou claro também que, dependendo da partido de cada senador que o interrogava, o tom das perguntas mudava drasticamente. Por exemplo, quando o interrogador foi o Senador Fernando Collor de Melo, a pergunta foi doce e ingênua:" _Senador , Demóstenes Torres, em algum momento, em seus depoimentos, Vossa Excelência faltou com a verdade?" Ora, até mesmo uma criança riria dessa pergunta. Aliás, risadas foi o que mais se ouviu nessa Comissão. Pareciam rir de cada cidadão que assistia. Apesar das gravações comprometedoras e não saber explicar porque ganhou um aparelho Nextel de presente de um contraventor, Demóstenes confessou-se um "carola".

domingo, 27 de maio de 2012

LEI GERAL DE ACESSO, O PAPEL DA POPULAÇÃO

A Presidenta Dilma Roussef sancionou em Novembro de 2011 a Lei Geral de Acesso à Informação , que entrou em vigor em maio de 2012. Essa lei obriga órgãos e empresas do Executivo, Legislativo e Judiciário federal, estaduais e municipais a publicarem na internet os salários e gratificações de todos os servidores públicos, inclusive com nomes dos ocupantes dos cargos.Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações não só dos órgãos e entidades acima referidos, mas também empresas sem fins lucrativos que recebem recursos do governo. Agora , a pergunta que fica é o que a população fará dessa lei. Sim,porque de nada adianta ser permitido o acesso às informações de como o dinheiro público está sendo gasto, se não houver uma mobilização nacional de busca a essas informações. Tal façanha somente seria conseguida com uma mudança cultural na qual cada cidadão se sentisse como ele realmente é: o dono do recurso público. Outra questão a respeito da Lei Geral de Acesso foi levantada pelos funcionários públicos federais: a de que teriam seus dados financeiros revelados, ficando estes, assim, à disposição, inclusive, de bandidos. Quanto a isso, cabe ao governo estudar medidas que não exponham diretamente os servidores.Por outro lado, os próprios servidores poderão beneficiar-se, pois se julgarem que não estão ganhando o que merecem, poderão reivindicar o apoio popular. De qualquer forma,a Lei nº 12.527 é um grande avanço democrático e mais um passo na direção de se construir uma nação digna e responsável. Basta agora, que o povo brasileiro se faça presente.